sexta-feira, 31 de julho de 2009

Prece dirigida a Sanguye Men-la




Prece dirigida a Sanguye Men-la



Prece dirigida a Sanguye Men-la : Tu possuis o tesouro de um

oceano de qualidades e de atividades benéficas.



Pela graça de tua compaixão inimaginável, tu pacificas os

sofrimentos e as aflições dos seres.



Dirijo minhas preces a ti, luz de lápis-lázuli. O renascimento na

condição de espírito ávido está ligado a uma grande avareza. Aos

que nasceram nesse estado, basta ouvirem teu nome e renascerão



dentre os homens e apreciarão a prática da generosidade. Aos que

nasceram nas esferas infernais devido a faltas



éticas e a sua constância em prejudicar os outros, basta ouvirem

teu nome, e renascerão (como já foi dito) nos mundos superiores. Dirijo minha prece ao rei dos médicos. As discórdias, as calúnias de toda espécie, as grandes desarmonias, os obstáculos à força vital do corpo, nada disto pode causar dano quando se ouviu teu nome. Dirijo minha prece ao rei dos médicos.



Dirijo minha invocação a Tsen-lek, Serzang, Drimenang-wa,
Gna- Ngen-me, Tchokpel, Tchodrak-yang, ao Vencedor Drayang, ao Vencedor Ngon-Kyen e ao Vencedor Sakya (nome dos diferentes Budas). Rogo a toda a perfeita Mandala (constituída por): Djampel, Kyabdrol, Tchanadordje, Brahma, Indra, aos quatro grandes reis das quatro direções e aos doze chefes de Nodjin. Dirijo meu pensamento ao conjunto de todos os volumes do Santo Dharma: o Sutra das preces de bons votos dos Sete Tathagatas, o conjunto dos Sutras sobre o Buda Men-la, o texto composto pelo grande abade Chi Wa Tso e todos os demais textos. Dirijo minha prece a todos os Poderosos do Dharma: Bodhissato e Trisong Detsen, Lopen Gyelon, os Bodhisattvas, todos os santos Lamas da Linhagem, os Senhores do Dharma, etc. Que a força de uma prece assim possa dissipar todas as espécies de doenças e de temores neste mundo !

Com o medo da morte e dos mundos inferiores aniquilado, possa surgir a graça de um renascimento na terra pura da Suprema Felicidade !





"O rio de lápis-lázuli", ritual de Men-la, tirado do Nam Tcho

Gni: ornamento extraído do tesouro do Claro Reino da Mente.



Se possível, coloca-se diante de uma representação de Men-la uma
mandala de oferenda e tudo o que se possa reunir (as oferendas
são aquelas que se apresentam às divindades pacíficas). Assim,

completam-se as acumulações. Ou então, visualizando a divindade
diante de si, pode-se (apenas) imaginar as oferendas, sem

necessidade de mais nada.



Homenagem ! Tomo refúgio nas Três J_¢_ias, nas Três Raízes, em

todos os Lugares de refúgio.



Desenvolvo o sublime pensamento do Despertar para colocar todos

os seres na realização do Estado de Buda.



Uma nuvem de oferendas nasce da infinitude originalmente pura,

preenche o céu e a terra de mandalas, de emblemas reais e de

deusas.



dez protetores mundanos e os chefes das doze classes, com seu

respectivo séquito. Às quatro portas (estão) os quatro Grandes Reis. Nos três lugares (testa, garganta, coração) de cada um estão as três letras. Da letra Hung, no coração, irradia uma luz que convida as divindades da Sabedoria, do Paraíso da direção Leste e dos paraísos de cada um dos Budas a virem fundir-se, incontáveis, em nós e (nos aspectos que estão) a (nossa) frente.



Assembléia dos oito Men-las sem exceção, Vós que fostes

convidados a este lugar, fazei descer vossa grande bênção !



Conferi a Sublime Iniciação aos "afortunados" que têm devoção

como também a mim mesmo ! Afastai os obstáculos que encurtam a

vida !



Dirijo à divindade as (seguintes) oferendas: flores, incenso,

luzes, perfumes, formas, sons, odores, sabores, sensações, os bis

(dois) dharmas.



Possamos nós completar as duas acumulações !



Ofereço à divindade a excelente mostarda branca, soberano

sublime, assim como as outras das oito excelentes substâncias

auspiciosas.



Possam as duas acumulações ser perfeitamente realizadas !





Ofereço à divindade o excelente vaso, soberano sublime, assim

como os outros dos oito excelentes sinais auspiciosos.





Possam os seres completar as duas acumulações !



Ofereço à divindade a excelente jóia, soberano sublime, assim

como os outros dos sete emblemas reais, raízes dos prazeres.



Que eu possa completar as duas acumulações !



Ofereço à divindade a montanha axial, excelente dentre todas, e

os quatro continentes rodeados de suas terras respectivas.



Possam as duas acumulações ser totalmente completadas !



Tathagata ! Com esta água perfumada que enche de aromas banha teu

Corpo ! Embora Tu, divindade, não tenhas qualquer impureza, isto

será o suporte auspicioso da purificação dos atos



nocivos e dos véus.



Vencedor ! Enxuga teu Corpo com este macio pano branco perfumado !

Embora Tu, divindade, não tenhas qualquer impureza,



isto será o sinal auspicioso do aniquilamento dos sofrimentos.



Vencedor ! Põe sobre teu Corpo este belo traje da cor do açafrão !

Teu Corpo jamais sente frio, mas isto é a auspiciosa conexão que

fará aumentar o brilho (luminoso do corpo).



Tu que tens o Corpo da cor da montanha de lápis-lázuli, vem

dissipar, em todos os seres, o sofrimento da doença. Presto

homenagem e dirijo meus louvores à divindade cercada



pelo séquito de oito Bodhissatvas, detentora do precioso remédio.

Presto homenagem e dirijo meus louvores a Tsenlek, Rinda, Serzang, Gna-ngen-me, Tchodrak

Gyamtso, Tcholo, Chakya Tub (nomes dos sete Budas, séquito de

Men-la), ao Santo Dharma, aos dezesseis Bodhissatvas, etc....



e às Três Raras e Sublimes Jóias.



A Ti rendo homenagem e dirijo a Ti meus louvores, a Ti, que estás

cercado por Brahma, Indra, os Grandes Reis, os protetores das dez

direções, os doze chefes Nodjin e seu séquito, os Sábios, divinos e humanos, que possuem a ciência médica, presto homenagem à divindade do Néctar-remédio.



Visualiza-se assim: em meu coração e no coração do aspecto que

está a minha frente, a letra Hung está cercada por uma guirlanda do mantra (para recitar tanto quanto se possa).





Depois, finalmente: revelo todos os atos nocivos e os erros que

provocam a queda, dedico os atos virtuosos à aquisição do

Despertar. Que possa surgir a auspiciosa libertação do sofrimento das doenças e das influências nocivas !



Prece de "partida": as (divindades) mundanas retornam a seu lugar

de residência, as divindades de sabedoria e aquelas sobre as

quais se medita fundem-se em mim. No reino puro de todo tempo do Buda, ó maravilha ! // Extraído do Nam Tcho Nyi, este ornamento abreviado do tesouro revelado (espiritualmente) foi composto por Ragaha-se. Se nele houver algum erro, lamento-o diante da divindade.



Graças a esta virtude possam todos os seres ver seus males

chegarem ao fim e possam rapidamente obter o estado de Men-la.

Embora na liturgia (de Men-la) pertencente à tradição dos Sutras

o ritual de purificação pela água esteja no começo, não há inconveniente em que ele esteja ao fim no decurso de uma cerimônia pertencente ao Anuttara Tantra, que é de nível mais elevado (que os Sutras). Os benefícios desta prática realiada regularmente são: quando se é religioso, o de não transgredir os preceitos; mesmo se a pessoa infringiu seus compromissos, a falta é purificada e ela não cairá nos mundos inferiores. Todos os atos negativos - causas de renascimentos nas esferas infernais, nas dos espíritos ávidos ou nas dos animais - são purificados. Mesmo se lá



renascer, será imediatamente libertado, e retomará nascimento em

um dos mundos superiores de onde poderá atingir progressivamente

o estado de Buda. Durante esta existência, obter-se-á alimento e

roupas, que nunca faltarão. As doenças, as influências nocivas,

os elementos obstrutores, a tirania, serão afastados. Está-se sob

a guarda e proteção de Tchanadordje, Brahma, Indra, dos quatro grandes reis, dos doze grandes chefes dos Nodjins e de seus setecentos e setenta mil servidores. Fica-se livre das dezoito causas que

encurtam a vida, dos inimigos, dos animais selvagens, etc., e de

todo e qualquer perigo. Todos os desejos se realizam de forma

excelente e total. Os benefícios inimagináveis (desta prática) encontram-se descritos de forma extensiva nos dois Sutras de Men-la. Nos grandes colégios, eruditos que sempre encontram o que redizer sobre a maioria dos ensinamentos, literatos que é difícil contentar, e em todos os colégios de filosofia, Men-la é a única cerimônia unanimemente adotada para os ritos de longevidade



e a purificação dos mortos. Este ritual é aquele que era

celebrado diante da estátua de Djo Wo em Lhassa, o Bodhgaya do
Tibete, e diante da representação de Djang Tchup Sempa no

mosteiro de Samye. Por isto, é preciso desenvolver a certeza de

que não existem maiores benefícios do que aqueles que são

engendrados por este ritual, conforme o exprimem os textos canônicos dos Sutras e dos Tantras das antigas e novas escolas. Existem várias outras formas de liturgia dirigidas a

Men-la, algumas muito longas e outras mais curtas. Esta não

contém muitas palavras, mas nela está incluído o sentido

profundo.



Sendo, as oferendas, mentais, a prática é válida, mesmo se não há

torma.



Como ela pertence à tradição do Supremo Yoga Tantra, não é

necessário realizar as purificações.



Que esta meditação possa ser praticada por todos !



(texto traduzido por Rintchen Tchotso graças às explicações do

Venerável Lama Tempa.)



Kagyu-Ling. Novembro de 1978. (La Boulaye. Toulon/Arroux.

71320)



Curta homenagem ao Buda Men-la



Inclino-me diante do Buda Men-la, o Vencedor da luz (da cor) de

lápis-lázuli, o Todo Purificado, o Realizado, o Tathagata, o

Baghavan que submeteu os inimigos.



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