segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

PRÁTICA DO DZOGCHEN NA VIDA COTIDIANA

PRÁTICA DO DZOGCHEN NA VIDA COTIDIANA
Dilgo Kyentse Rinpoche
 
A prática cotidiana do dzogchen consiste em cultivar simplesmente uma plena aceitação sem preocupação e uma abertura ante todas as circunstâncias. Devemos compreender que a abertura é o campo onde jogam todas as emoções e relacionarmo-nos com o próximo sem artificialidade, manipulação nem estratégias. Devemos experimentar tudo completamente, sem tentar nos esconder dentro de nós mesmos como a marmota em sua toca. Esta prática libera uma energia tremenda que geralmente se encontra em potencial, por que tentamos manter pontos de referencia fixos. Os pontos de referência são processos que utilizamos para nos afastar das experiências diretas na vida cotidiana. A princípio tentarmos permanecer presentes neste momento pode provocar certo temor, porém se dermos acolhida a sensação de temor com plena abertura atravessaremos esse obstáculos criados por nossos condicionamentos emocionais habituais. Quando chegarmos ao fim da nossa prática do descobrimento do espaço, devemos experimentar um sentimento de plena abertura para com todo o universo. Devemos abrir-nos com absoluta simplicidade e desnudes mental, esta é a comum e poderosa prática, embora comum de deixar cair a nossa máscara de auto-proteção. Na meditação não devemos estabelecer mediação nenhuma entre a perfeição e o campo de perfeição. Não devemos parecer-nos como um gato que persegue um rato. Devemos compreender que o objetivo da meditação não é submergirmos profundamente em nosso interior, nem retirarmo-nos do mundo, a prática é livre e sem conceitos, sem introspecção nem concentração. O vasto espaço sem origem da luminosa sabedoria espontânea é a base do ser, o princípio e o final da confusão. A presença da sabedoria no estado primordial carece de predileção pela iluminação ou a não iluminação. A base do  ser também conhecida como a mente pura original é a fonte da qual emergem todos os fenômenos, também recebe o nome de grande mãe, já que é a matriz potencial onde todas as coisas aparecem e se dissolvem em sua perfeição natural e espontaneidade absoluta. Todos os fenômenos são completamente claros e lúcidos. O universo é abertura sem obstrução, todas as coisas são interpenetradas. Para ver todas as coisas em sua desnudes ou claridade e sem obscurecimentos, não há nada para alcançar ou a realizar. A natureza dos fenômenos aparece naturalmente e se acha espontaneamente presente na consciência que transcende o tempo. Tudo é naturalmente perfeito tal como é, todos os fenômenos emergem de maneira única como parte de um processo em continua transformação. Esse processo vibra pleno de sentido e significado a cada instante, porém não podemos nos apegar a seu significado, além do momento que se apresenta, esta é a dança dos cinco elementos, onde a matéria é um símbolo de energia, a energia um símbolo da vacuidade, e nós mesmos um símbolo da nossa própria iluminação. Sem necessidade de esforço nem de prática em absoluto, a liberação ou iluminação já está conosco. A prática de dzogchen é a própria vida cotidiana, como não existe um estado inferior não há necessidade alguma de comportar-se de um modo especial e nem de alcançar nada acima ou mais além do que já somos realmente. Não devemos cultivar nenhum sentimento de esforço para lograr alguma meta extraordinária ou estado superior. Esforçar-se por alcançar esse estado é uma neurose que só nos condiciona mais, e obstrui o livre fluxo da mente. Também devemos evitar pensar em nós mesmos como pessoas carentes de valor, pois nossa verdadeira natureza é naturalmente livre e não condicionada, estamos intrinsecamente iluminados e conseqüentemente não carecemos de nada. Quando abordamos a prática de meditação devemos fazê-lo de modo natural, como comer, respirar ou defecar. Não temos que convertê-la em um acontecimento especial ou formal, cheio de seriedade e solenidade, devemos compreender que a meditação está além do esforço, da prática, dos objetivos, das metas e da dualidade entre liberação e não liberação. Nossa meditação é sempre perfeita, não há necessidade alguma de corrigir nada, pois tudo o que surge é o jogo da mente, não existe a meditação incorreta, nem necessidade alguma de julgar os pensamentos como bons ou maus respectivamente, portanto devemos sentar-nos simplesmente, permanecendo simplesmente em nosso próprio lugar e em nossa própria condição tal como ela é sem pensar que estamos meditando. Em nossa prática não deve haver esforço de tensão, de qualquer tentativa de controle ou manipulação para tentar que seja mais aprazível, se descobrimos que estamos alterando-nos do modo antes descrito simplesmente deixamos de meditar e descançamos um pouco, logo recomeçamos nossa meditação. Se tivermos experiências interessantes durante a meditação ou depois dela devemos evitar converte-las em algo especial, perder o tempo pensando nessa espécie de experiências é uma mera distração e um modo infalível de perder a naturalidade, essas experiências são apenas sinais da prática e devem ser consideradas como eventos passageiros, não devemos tentar repeti-las porque isso só serve para distorcer a espontaneidade natural da mente. Todos os fenômenos são atemporais e completamente novos ou frescos, absolutamente únicos e completamente livres dos conceitos de passado, presente e futuro. O contínuo fluxo de novas descobertas, revelações e inspirações que emergem a cada momento é a manifestação de nossa própria claridade. Devemos aprender a ver a nossa vida cotidiana como um mandala ou como um ornamento luminoso das experiências que irradiam espontaneamente da natureza vazia de nosso ser. Os elementos que formam o nosso mandala são os objetos cotidianos de nossa experiência movendo-se na dança ou jogo do universo graças a esse simbolismo o mestre interior revela o significado profundo e último do ser. Portanto, devemos ser naturais e espontâneos aceitando tudo e aprendendo com tudo, isso nos permitirá perceber o lado irônico e divertido de muitos acontecimentos que geralmente nos irritam. A meditação nos permite ver através da ilusão do passado do presente e do futuro, assim a nossa experiência se torna a continuidade do momento. O passado somente é uma recordação pouco fiável sustentado no presente, o futuro é somente uma projeção das nossas concepções presentes, o presente mesmo se desvanece, tão logo tentamos segurá-lo, então porque molestar-nos em tratar de dar consistência à ilusão. Devemos liberar-nos de nossas lembranças e de todos os julgamentos prévios sobre o que é a meditação. Cada instante da meditação é completamente único e pleno de potencialidade e nesse momento não podemos julgar nossa meditação em termos de experiência passada, nem certas teorias ou retóricas vazias, a mera imersão na meditação no momento presente, com todo o nosso ser, livres de dúvidas, aborrecimentos e explicações, é a iluminação.   
 
Tradução – Flávio C. Cardoso                
 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

COMO CURAR DOENÇAS INCURÁVEIS




-- Muito interessante a utilização da meditação na cura de doenças  incuráveis...



Bom dia,
Encontrei o vídeo de que lhe falei ontem. Se não conseguir perceber alguma parte, diga-me e eu transcrevo. É que o som está mau e o monge fala um inglês pouco claro.

https://www.youtube.com/watch?v=zkwehwlY4VM
Metta



 Metta
 A tradução:


Vou fazer aquilo que penso ser a transcrição fiel da parte relevante do vídeo. Eu abaixo explico porque há partes que poderá não perceber respeitantes ao theravada e porque o inglês pode ser uma dificuldade.
"From my experience I just use... like when I walk and I walk, when I sit down, and lay down, I just feel, like, the earth, the earth kasina and feel my body and my self part of the earth. And feel my body and my self part of the earth. And when it back to the earth and then when it take enough time underneath, time to feel back to the body but leave the... leave the, leave the liver behind. Just take the fresh thing, not the whole thingness, or something. And when Luang Phor Thiang
(parece-me ser este o nome do mestre, mas não tenho a certeza)
And when Luang Phor Thiang he healed cancer, the kidney cancer he said that he used... fire to burn it and then he used the wind, the air kasina to broke it out, something like that. so just do it nagain and again, more and more.
_And the white kasina?
_The white kasina is also... it means purification so to purify things with the white. So it's also all about focusing, like you use the sunlight and what do you call it?
_Magnifying glass.
_ Yeah to focus on something. So kasina practice use kasina you can use the devices to focus your mind on something strongly. So when Luang Phor Thiang (?) did that he has done it really well. And so he can stay I think more than 10 years."
Então a explicação que espero ser fiel ao que o mestre ensinou. :)
No theravada há objectos comuns para praticar a concentração como a respiração, ou a compaixão. Um dos tipos de objectos são os chamados kasinas. Por exemplo o kasina vermelho é um disco vermelho no qual se foca a atenção. Ou o kasina do elemento espaço/eter é um buraco numa parede com a forma de um disco. No caso deste vídeo, os kasinas são os do fogo (temperatura), da terra (solidez), do ar (tudo o que é gasoso) e da luz branca, se não me engano. Agora, kasina no contexto deste vídeo parece-me significar que o mestre usa a sua experiência com a concentração nestes elementos para tomar proveito das suas vantagens.
Portanto este mestre quando anda, senta, ou deita-se sente a solidez do chão. Depois, quando se deita, "mergulha" na terra. Quando se sente a voltar, ele apenas tenta trazer de volta aquilo que é fresco, e não todo o corpo com a doença. O mestre de que ele fala, por outro lado, utilizou o elemento do fogo para queimar o cancro dos rins e depois usou o elemento do ar para "partir" ou expulsar-lo.
Depois este monge fala de como a luz branca significa purificação. E também de que a eficácia destas práticas depende sobretudo da concentração. E neste caso, o tal mestre, por ter usado estas técnicas, vai ficar mais 10 anos.
Em relação à parte do vídeo que não transcrevi, o monge descreve que uma prática excessiva da concentração, sem ter atenção ao insight, também pode ser uma forma de ficar estagnado. Resumidamente, foi isto.
Lamento não ter percebido qual o nome do mestre. Ou é Luang Phor Chah, ou Luang Phor Thiang, ou Luang Phor Chang. Mas pelo que percebi é um dos disciplos de Ajahn Mun, o mestre de Ajahn Chah. Se precisar de referências sobre estas práticas eu posso fornecê-las. Não hesite em pedir.
Metta

Vou enviar dois manuais super famosos que descrevem, entre outras coisas, como praticar os kasinas formalmente. 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

LAMA ZOPA NO BRASIL



Somando Méritos 
para a vinda de
Kyabje Lama Zopa Rinpoche
 
 
Caros Amigos,
Em maio de 2002, surgiu o projeto Somando Méritos com o propósito de criar méritos para a vinda de Lama Zopa Rinpoche ao Brasil através de acumularmos práticas coletiva e individuais:
Com a confirmação da vinda de Rinpoche para 2015, estamos reativando o acumulo destas práticas para que a sua vinda e permanência sejam livres de quaisquer tipos de obstáculos ou dificuldades, e também para que todos aqueles que queiram estar presentes nos ensinamentos de Rinpoche  possam ter todas as condições necessárias.
As práticas a serem acumuladas no Somando Méritos são as seguintes

  • Práticas feitas coletivamente no centro ou individualmente em casa.
  • Prática de generosidade, com uma doação ao centro no fundo Somando Méritos.
A prática inicialmente escolhida foi Os 21 Louvores a Tara (versão longa).  Aos poucos, outras práticas foram incluídas, conforme você poderá ver no relatório anexo.
A cada mês o participante é solicitado a informar o total de suas práticas para a coordenação do projeto:
spc.shiwalha@gmail.com. Todas as práticas serão incluídas em um relatório mensal para todos os participantes. Os depósitos, também informados no relatório mensal, deverão ser feitos na conta do Centro Shiwa Lha como “depósito identificado” para efeitos de contabilidade na seguinte conta:

    Conta: Shiwa Lha, Centro de Estudo do Budismo Tibetano, CNPJ 08.075.067/0001-05
    Banco Bradesco - Agência 1414-1 - Conta poupança 1008350-8
Ao participar do projeto, criamos um vínculo muito especial com Rinpoche, um lama altamente realizado e a emanação da grande bondade, sabedoria e compaixão de todos os budas. Quem o conhece é profundamente tocado por sua presença e mente iluminada.
Junte-se a nós e participe!

 
Marly Ferreira
Coordenadora do Projeto
 
Se você ainda não participa, envie um e-mail para  spc.shiwalha@gmail.com  
Você será inscrito no projeto, passará a receber todas as informações e circulares.

domingo, 23 de novembro de 2014

SUTRA DA LUZ DOURADA



TRANSMISSÃO DO SUTRA DA LUZ DOURADA
(em português aqui)
POR LAMA ZOPA RINPOCHÊ
QUE DEVE VIR AO BRASIL EM SETEMBRO DE 2015
VEJA EM:

http://fpmt.org/education/teachings/sutras/golden-light-sutra/#receivetransmission

domingo, 11 de maio de 2014

CANÇÃO DE MILAREPA




CANÇÃO DE MILAREPA


Homenagem aos Pés do Senhor Marpa, o Tradutor!

 

Homenagem aos Pés do Senhor Marpa, o Tradutor! (2x)

 

Se desejar ser devoto, e conquistar a Sabedoria,

Não busque servir a um sábio Guru,

Embora tenhas fé e mansidão,

pequena será a Graça.

Se você não receber a Iniciação profunda e mística,

E somente mantiver a palavra e os Tantras,

Serão de meras algemas.

Se não mantiver as Escrituras Tântricas como vossa testemunha,

Toda prática dos ritos será como armadilhas.

Se não meditar nos Ensinamentos Escolhidos,

Mera renúncia da vida mundana será vã tortura pessoal.

Se não subjugar, com seu antídoto, as más paixões,

A mera pregação verbal será como sons vazios.  

Se não souber os Métodos Sutis e a Senda,

A mera perseverança dará pouco fruto.

Se não souber o Segredo e os Métodos Sutis,

Simples exercícios de zelo tornarão o Caminho longo.

Se não obtiver grande mérito,

E trabalhar apenas para si, o ser sansárico continuará.

Se não devotar à Religião todas as  boas obras mundanas acumuladas,

Muita meditação não obterá muito Conhecimento.

Se não adquirir contentamento em si mesmo,

Acumulações empilhadas só tornarão ricos os outros.

Se não obtiver a Luz da Paz Interior,

Mera facilidade e prazer externos tornar-se-ão fontes de dor.  

Se não suprimir o Demônio da Ambição,

O desejo de fama conduzirá à ruína e à ações judiciais.

O desejo de agradar estimula as Cinco Paixões Venenosas;

A avidez de ganho separa o ser dos amigos mais queridos;

A exaltação de uns é a humilhação de outros.

Mantenha a paz e nenhum litígio surgirá;  

Mantenha o Estado de Ausência de Distração

E a distração desaparecerá;

Viva solitário e encontrará um amigo;

Tome o lugar mais baixo e alcançará o  mais elevado;

Apresse-se lentamente e logo chegará;

Renuncie a todas as metas mundanas e atingirá a meta mais alta.

Se trilhar a Senda Secreta, encontrará o caminho mais curto;

Se realizar o Vazio, a Compaixão erguer-se-á no seu coração;

Se perder toda a diferenciação entre si mesmo e os outros,

Digno de servir aos outros será;

E quando, ao servir aos outros, conquistar o sucesso, então me encontrará;  

E ao encontrar-me, alcançará o estado de Buda.

A mim,  ao Buda e à Fraternidade dos meus discípulos

Ore fervorosamente, sem distinguir um do outro.

 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Lama Zopa Rinpoche's News:

 

Lama Zopa Rinpoche's News:


New Advice:
No Time for Depression as So Much to Rejoice About


Lama Zopa Rinpoche replied to a student who had concerns about health and having given back their ordinations vows, which led to them feeling very isolated and depressed and being unable to study or practice:

"If you can study lam-rim, that should be the main teaching – just like the wandering ascetics, the monks whose only belonging is the Lamrim Chenmo. They don't have anything else, don't carry anything but the lam-rim, so like that. So that is the main one to study, to meditate on – the lam-rim. You have to actualize this, otherwise we will suffer. Without realizations on guru devotion, renunciation, bodhichitta, right view and particularly tantra, you will be suffering in samsara endlessly. Do you want to do that? I don't think so.

You should know it's not just practice for this lifetime. The practice becomes preparation for all your lives, so eons, eons, eons, all your future lives, to go to a pure land, then enlightenment, to be free from samsara, enlightenment and then to benefit all sentient beings and enlighten them. Don't think you are alone." …

Read the full advice.

Find a full range of advice from Lama Zopa Rinpoche on Rinpoche's Advice page. Go to the Lama Yeshe Wisdom Archive for lots more advice from Lama Zopa Rinpoche.


Lama Zopa Rinpoche at Jinsui Farlin Center, Taipei, Taiwan, April 2014. Rinpoche was there to open the center after its very extensive renovation. Jinsui Farlin opened 23 years ago and was the first FPMT center in Taiwan.

domingo, 6 de abril de 2014

ENSINAMENTOS DE THRANGU RINPOCHÊ NO NEPAL

ENSINAMENTOS DE THRANGU RINPOCHÊ NO NEPAL QUE TERMINAM NESTE DOMINGO DIA 6

segunda-feira, 10 de março de 2014

DUDJOM RINPOCHE


Declaración del Honorable Sikyong, Dr. Lobsang Sangay, en ocasión del 55° Día de Levantamiento Nacional Tibetano


Declaración del Honorable Sikyong, Dr. Lobsang Sangay, en ocasión del 55° Día de Levantamiento Nacional Tibetano

 

Hace cincuenta y cinco años, miles de tibetanos se reunieron espontáneamente en este día frente al Palacio Potala en Lhasa, la capital de Tíbet, para proteger al Dalai Lama y protestar en contra de la ocupación del Ejército Rojo de la República Popular China.  Siete días después, Su Santidad el Dalai Lama dejó Lhasa en viaje a India.  Ocho mil tibetanos lo siguieron al exilio.

Yo visité Tawang en Arunal Pradesh este enero y me sentí inexplicablemente conmovido al ver el sendero que Su Santidad tomó para entrar a India.  También visité Bomdila y Tuting donde miles de tibetanos buscaron refugio y donde algunos se quedaron hasta el día de hoy en campamentos originales de asentamiento para refugiados.  No existe escape a la dolorosa realidad que muchos de los mayores que fueron forzados a realizar el viaje al exilio en 1959, han fallecido sin cumplir sus sueños de regresar a la patria.  De igual forma, incontables tibetanos en Tíbet han fallecido sin reunir a los miembros de la familia o lograr su libertad.  Sin embargo, me brinda gran consuelo el que sus esperanzas y sueños viven y crecen en sus hijos.

Las demostraciones de resilencia y determinación por parte de los tibetanos al interior de Tíbet -desde los levantamientos y resistencia en regiones de Kham y Amdo en los años 50 hasta protestas en Lhasa en los 80, levantamientos por toda la nación en el 2008 y las recientes auto-inmolaciones-, revelan que la lucha por Tíbet no menguará.  La lucha tibetana hoy es guiada por una nueva generación de tibetanos en Tíbet y en el exilio.  La generación más joven de tibetanos en Tíbet es la que está exigiendo con voz clara y alta su identidad, libertad y unidad.  Incontables miembros de la generación más joven en exilio participan en esfuerzos similares.  Los alumnos en Chabcha exigieron la instrucción en idioma tibetano en sus escuelas, tibetanos en Driru se rehusaron a colocar la bandera china en sus techos y las protestas por la pérdida humana y la destrucción ambiental en la mina Gyama en Medrogongkar, llegan hasta nuestros oídos.  Estas protestas sin ambigüedad alguna refutan la propaganda china de que "a excepción de unos pocos, los tibetanos están felices en Tíbet".

Desde el año 2009 han habido 126 auto-inmolaciones por todo Tíbet.  A pesar de reiterados llamados a no entrar en acciones tan drásticas, las auto-inmolaciones han seguido.  Nosotros no alentamos esta acción pero apoyamos las aspiraciones de los auto-inmoladores.  Tsultrim Gyatso, un monje, que se inmoló el 19 de diciembre de 2013, escribió en su último comunicado:

"Querido hermano, ¿puedes oírme? ¿Lo ves? ¿Lo oyes? A quién hemos de acudir para [aliviar] el sufrimiento de seis millones de tibetanos.  Preciso quemar mi precioso cuerpo por el regreso de Su Santidad el Dalai Lama y por la liberación del Panchen Lama, por el bienestar de seis millones de tibetanos".

El Kashag expresa su más profundo respeto a todos los valerosos hombres y mujeres en Tíbet.  El Kashag escucha los llamados por el fin de la represión y sufrimiento de los tibetanos al interior de Tíbet.  Es por esta razón que su objetivo principal e inmediato es resolver pacíficamente el tema de Tíbet mediante el diálogo dentro de su período de cinco años.  A la vez, de ser necesario, el Kashag precisa de una estrategia a largo plazo para fortalecer y mantener nuestra lucha.  Una complementa la otra, y así el Kashag realizará igual esfuerzo para continuar el diálogo y mantener con éxito la lucha tibetana.

El año 2020 marcará los 70 años desde la invasión de Tíbet por parte de la República Popular China.  Para entonces, la generación de tibetanos con recuerdos de un Tíbet independiente habrá disminuido en gran medida.  Su Santidad el Dalai Lama habrá cumplido 85 años; ese año él habrá guiado al pueblo tibetano por 70 años ininterrumpidos.  La próxima generación del liderazgo tibetano dentro y fuera de Tíbet enfrentará una realidad crucial y desafiante: Los tibetanos en Tíbet no tendrán recuerdos personales del Tíbet tradicional, mientras que aquellos fuera de Tíbet sólo conocerán una vida vivida en exilio.  Los tibetanos en exilio constituyen sólo 2,5 por ciento de los seis millones de tibetanos, pero probablemente habrá el mismo número de tibetanos en Occidente y en Asia.

El exilio es una fase precaria de incertidumbre y contingencia, y la ocupación puede ser una transición peligrosa para la subyugación permanente.  El desafío que enfrentamos será reconciliar las distancias y brechas entre la vida en exilio (en Asia y Occidente) y la vida bajo la ocupación china.  Tendremos que aprender a llevar adelante la lucha por la libertad con cada una de las realidades y experiencias tibetanas distintas, ninguna enraizada en los recuerdos del Tíbet independiente.  ¿Cómo logramos eso?

Como una estrategia a largo plazo, nosotros necesitamos construir la confianza propia en el mundo tibetano, en pensamiento y acción.  Nuestro movimiento de 50 años no puede depender solamente de otros para ayudarnos a lograr nuestros objetivos.  Es hora de asumir liderazgo y pararnos sobre nuestros propios pies.  Nosotros hemos de construir nuestras fortalezas individuales y colectivas.  Necesitamos reflexionar profundamente.

Creo que la educación es nuestra inversión y herramienta más potente y realista.  Al educar a toda nuestra población con mayores destrezas desarrollaremos más exitosamente las fuertes bases para sistemas confiables de economía, tecnología y gobierno.  Aquellos que nos apoyan globalmente saben que nuestra causa es justa y valoran nuestra herencia budista.  Los tibetanos abrazamos los valores de la humildad, integridad y resilencia como la base fundamental de la lucha tibetana.  A ellos hemos de adicionar la educación moderna para lograr nuestras metas.  La combinación de los valores tradicionales y la educación contemporánea es lo que mantendrá nuestra lucha como vigorosa, dinámica y formidable.

Es crucial que los tibetanos más jóvenes estudien la historia de la nación.  Es igualmente importante que ellos registren las historias y relatos de las familias y lugares ancestrales.  Continúen disfrutando los momos en los restoranes tibetanos y vistan chubas en la celebración de la cultura tibetana, pero para que la identidad tenga raíces fuertes, nosotros debemos educarnos, relacionarnos profundamente con los tibetanos de Tíbet y reflexionemos individualmente sobre los desafíos que  yacen adelante.

Para mantener la unidad y lograr el carácter efectivo en las comunidades en exilio, un origen central resulta crítico y para los tibetanos, la Administración Tibetana Central es el núcleo y es irremplazable.  El Kashag invita a la juventud dedicada a tomar lugares de liderazgo en la Administración Tibetana Central (ATC) y en otras organizaciones relacionadas con Tíbet.  La Administración Tibetana Central continuará introduciendo políticas e iniciativas innovadoras.  Éstas incluyen: El  Tibet Policy Institute (hipervínculo) para conducir investigación política sobre la condición de Tíbet a corto, mediano y largo plazo; Tibet Corps (hipervínculo) para unir a los tibetanos afuera con la Administración Tibetana; Tibet.net (hipervínculo) y Tibet Online TV (hipervínculo) para conectar a los tibetanos alrededor del mundo y Oportunidades de Becas (hipervínculo) para alentar a los tibetanos afuera a apoyar económicamente a sus parientes en el exilio o en Tíbet, de manera que lleguen a miles los trabajadores altamente entrenados, profesionales y líderes.  También incluimos Lhakar (hipervínculo) una plataforma profunda y efectiva que celebra lo que significa ser un tibetano.

Estoy feliz de recordar a los tibetanos y nuestros amigos en todo el mundo que en el año 2014 se celebran 25 años desde que Su Santidad el Dalai Lama recibió el Premio Nobel de la Paz (10 de diciembre).  ATC considerará el 2014 como el año de Su Santidad el 14° Dalai Lama y auspiciará eventos en Dharamsala y Delhi, e instamos a todos los colegios e institutos tibetanos a estudiar su vida y celebrar este gran evento.  El 25 de abril, también conmemoraremos el cumpleaños 25 del 11° Panchen Lama (Gedun Choekyi Nyima).  Además, este año conmemora el 100° aniversario del Acuerdo de Simla de 1914.

Una autonomía genuina para Tíbet mediante el Enfoque de la Vía del Medio aspira a reemplazar la represión política con libertad básica, la marginación económica con la habilitación económica, la discriminación social con la igualdad social, la asimilación cultural con promoción cultural y la destrucción ambiental con la protección ambiental.  Nosotros estamos comprometidos con la Vía del Medio como el enfoque más efectivo para finalizar el sufrimiento en Tíbet.  Es nuestra esperanza que el nuevo liderazgo chino guiado por Xi Jingping preste atención y adopte esta postura pragmática y moderada.

Este año marca el inicio de la fase de diálogo de la estrategia CAN (consolidación, acción y negociación/diálogo) del Kashag.  Los eventos del Diálogo Sino-Tibetano serán organizados por Norteamérica, Europa y Asia.  2014 es un año para que nosotros nos dediquemos, eduquemos, facultemos y para el movimiento.

El pueblo tibetano se ha levantado una y otra vez para superar adversidades enormes en la larga historia de nuestra civilización.  Hoy, nuestro sentido de identidad, solidaridad y dignidad es más profundo que nunca.  Si permanecemos unidos, y si traemos las ricas tradiciones de los mayores a interactuar con la innovación y el dinamismo de la generación más joven, creo firmemente que el gobierno chino no tendrá más que abordar nuestras aspiraciones.

Queridos hermanos y hermanas en Tíbet, nuestro viaje puede ser largo y los desafíos pueden parecer intimidantes, pero nosotros tendremos éxito.  En Tawang, yo vi el sendero que Su Santidad el Dalai Lama, nuestros padres y abuelos tomaron desde Tíbet a India.  Pude ver las montañas distantes que eran Tíbet.  Como ustedes, yo veo un camino de regreso a Tíbet.

sexta-feira, 7 de março de 2014

LAM RIM

Dalai Lama Opens Senate Session With Prayer

Dalai Lama Opens Senate Session With Prayer

       
           
 


WASHINGTON (AP) — The Dalai Lama has opened the Senate with prayer.
With nearly a dozen senators listening raptly, the Dalai Lama said that if you speak or act with a pure mind, happiness will follow.
Senate Majority Leader Harry Reid thanked the Dalai Lama for his prayers and words of encouragement.
The Dalai Lama is Tibet's Nobel Laureate. He gave up his political role as the leader of the Tibetan government-in-exile in 2011.





terça-feira, 4 de março de 2014

SADHANA DIÁRIA DE KALACHAKRA

SADHANA DIÁRIA DE KALACHAKRA


[TEXTO CORRIGIDO E ABERTO SOMENTE PARA QUEM RECEBEU ESTA INICIAÇÃO]


Namo Guru Kalachakra bhyah

Aqui está um método espiritual capaz de inspirar toda felicidade e qualidade espiritual, uma meditação de guruyoga que focaliza no glorioso Kalachakra


por Kyabjey Khangsar Dorjey Chang (1888 -1941)

Comece construindo visualização clara dos objetos de refúgio. Então como um preliminar para a meditação atual no mestre espiritual como inseparável em natureza com glorioso Kalachakra, recite o verso por tornar a mente ao refúgio e por despertar compassiva mente bodhi, e os versos dos quatro pensamentos ilimitados [de compaixão, amor, alegria e equanimidade]:
 

Aos Buddhas, ao Dharma, e à Sangha vou para refúgio até que a iluminação seja conseguida. Pelos méritos de minhas práticas, como as seis perfeições, possa a buddheidade ser atingida pelo bem de todos. (3x)
 
Possam todos os seres sensíveis ter felicidade e suas causas; que eles estejam livres de sofrimento e suas causas; que eles nunca sejam separados daquela felicidade que é sem sofrimento; e possam eles estar livres de atração para o próximo e aversão para o distante. (3x)

No céu diante de mim um leão-trono de substâncias preciosas. Lá, em almofadas de loto, sobre um sol, lua, e os planetas rahu e kalagni, está a incorporação de todo os objetos de refúgio, meu guru raiz na forma de Kalachakra, corpo glorioso azul, tendo um face, e duas mãos segurando um vajra e um sino.
Abraçando sexualmente a cônjuge Vishvamata, em pé na postura de orgulho, seus dois pés pisoteiam deidade branca e vermelha. Om branco marca a coroa dele, AH vermelho na garganta e HUM azul no coração dele.

Luzes emanam do HUM do coração dele.
 
Elas convidam todos os objetos de refúgio: Gurus, Deidades Meditacionais, Buddhas, Bodhisattvas, Shravaka, Arhants, Pratyekabuddhas, Dakas, Dakinis e Protetores de Dharma. Eles são absorvidos nos dois e se transformam na natureza de todos os três objetos de refúgio coligidos em uma única entidade.

Com profundo respeito eu presto
homenagem com todas as três portas; eu ofereço todas as coisas materiais e mentalmente criadas; reconheço toda negatividade e quedas acumuladas desde um tempo sem princípio; e eu me alegro pela bondade dos seres ordinários e transcendentes mestres. Ò mestre, permaneça no samsara até que este esteja vazio; e gire a roda do conhecimento. Rezo, firmemente fique até o fim do mundo. Toda a bondade eu dedico para a iluminação inigualável.
O corpo, fala e mente e riqueza minha e dos outros, massas de qualidades do passado, presente e futuro, e a mandala preciosa do Monte Meru e assim por diante, junto com os oferecimentos inigualáveis de Samantabhadra mentalmente reivindico e ofereço (como mandala). Concordem por favor em aceitar, ó Gurus, Deidades Meditacionais e Três Jóias; por preciosa compaixão aceitem e outorguem em mim seus poderes transformadores.

 
Agora recite o mantra de nome [neste caso de Sua Santidade Dalai Lama] tantas vezes quanto possível:

 
om ah guru vajradhara vagindra sumati shasanadhara samudra shribhadra sarva siddhi hum hum.

 
Chuva de benefícios e felicidade,
Rei espiritual de jóias, chittamani, que realiza todos os desejos, para vós,
Mestre e a Deidade Meditacional, toda fonte de poder combinada, eu faço este pedido.
 
Inspire o fluxo de meu ser com seus poderes transformando-os em bênçãos.

Pela força deste pedido concentrado, o constantemente simpatizante vem para a coroa de minha cabeça e se dissolve em mim.
 
Eu me torno Kalachakra, glorioso com todas as faces e braços.

 
No seu coração visualize um sol-disco que segura a letra HUM, e então um disco de lua que segura a sílaba "Possuidora dos Dez Poderes".
 
Em qualquer caso estes são cercados pelo mantramala.

Quando você recita o mantra, visualize que raios de luzes saem destes, realizam os dois propósitos (de mim e outros), e então isso se dissolve no mantramala.

O mantra a ser recitado é como segue:

om ah hum ho hamshahmalavaraya hum phat.

 
Pela energia meritória desta pratica, que eu nunca fique separado do guru, mas em vida depois vida que os mestres espirituais e deidades meditacionais cuidem de mim, e que eu tenha a fortuna de atingir o caminho supremo.

Tendo confiança completa na fundação de toda a alegria e bondade dos amáveis mestres, fontes de toda realização espiritual, possa eu os deleitar com o respeito de oferecer serviço e prática efetiva.
A oportunidade da forma humana tão significante, difícil de ganhar e fácil de perder; os sofrimentos dos mais baixos reinos tão intensos e longos; sabendo disto que eu possa viver de acordo com a lei do carma com os preceitos de refúgio, constantemente vivendo dentro da estrada de transcender o negativo e cultivar o bem.
Não há necessidade de falar da miséria dos mais baixo reinos, mesmo dos prazeres do mundo mais altos que são como mel na extremidade de uma navalha.
 
Para ganhar liberação deste círculo de vir a ser, possa eu estabelecer dentro de mim os três treinamentos da mais alta disciplina, concentração meditativa e sabedoria, e então aumentar as minhas forças eternamente.
Possa eu sempre morar dentro da aspiração da compaixão da mente da iluminação para beneficiar o mundo. E diligentemente treinar no modo do bodhisattva das seis perfeições e quatro meios de beneficiar e depressa completar as coleções de mérito e sabedoria.
Tendo treinado de modo correto assim a mente nas práticas fundamentais do Mahayana que eu entre no exotérico portal do Vajrayana. Por que recebi as iniciações inigualáveis, apropriadamente eu honro os preceitos do tantra e compromissos tão profundamente como minha própria vida.
Sempre que apareçam preconceitos mundanos devem ser transformados na sabedoria da felicidades e da vacuidade. Possa eu concentrado na prática conseguir o conceito central dos dois estágios, a linhagem sussurrada do grande mistério.
Que eu possa entrar na presença sublime do Ilustre Senhor de Shambala, na maravilhosa terra da pureza, e depressa realizar a grande união, a inseparabilidade do corpo vazio do macho com sua consorte e a imutável grande bênção.
No futuro, durante a era amadurecida de Raudra Chakri, "o Senhor Colérico da Roda", que eu tenha nascimento entre os primeiros discípulos e complete o caminho sublime do Kalachakra Primordial, tornando-me num adepto supremo, um amigo de todos.
Possa eu nunca estar separado dos mestres; que eu sempre tenha acesso aos seus ensinamentos espirituais; que eu realize depressa os dez estágios de iluminação e os cinco caminhos atingindo o estado do Buddha Vajradhara.
Que os méritos de se ter ocupado desta prática se transformem em causas para o completar as obras e orações dos buddhas e bodhisattvas, e para apoiar do Dharma, escrituras e insight.
 

Colofão: Este [tibetano] texto é um de dez mil impressos para distribuição gratuita na iniciação de Kalachakra dada por Sua Santidade Dalai Lama em Ladakh em 1976, e foi adaptado do método de guruyoga curto composto por Kyabjey Khangsar Dorjey Chang.

[Do livro "A Prática de Kalachakra" por Glenn H.Mullin.] Trad. R. Samuel revista em março de 2014.